Em entrevista à CNN nesta sexta-feira (21), o deputado federal Reimont (PT-RJ), presidente da Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara, defendeu os trabalhos do grupo na Casa Legislativa e desmentiu que sejam “defensores de bandidos”.
“Nós que recebemos essa pecha de sermos defensores de bandidos, nós não somos. Nós somos defensores de direitos humanos e compreendendo que todas as pessoas, todas as pessoas têm possibilidade de se reintegrar e o Estado brasileiro tem que dar condições para que isso aconteça”, disse.
O parlamentar também se colocou em oposição ao pensamento de que “bandido bom é bandido morto”.
“O Estado brasileiro tem que ter condições para que as pessoas, que cometem crimes, paguem os seus crimes, mas respeitando os direitos humanos dessas pessoas e dando a elas a oportunidade de recuperarem o acesso à sociedade. Então a expressão é essa”, continuou.
Dentre as prioridades da Comissão para esse próximo ano, Reimont destacou a importância do diálogo com a sociedade, a questão dos migrantes e o combate à violação dos direitos humanos em geral, para ajudar na consolidação da democracia brasileira.
“Compreendo que uma das questões fundamentais é nós discutirmos os temas que são importantes para a sociedade brasileira com a sociedade brasileira. […] Dentro desse tema, uma das questões que a gente não pode deixar de ter é esse espaço, para, neste momento, em que a nossa democracia está tão combalida e combatida, que a gente possa perceber que direitos humanos também é para defesa da democracia”, afirmou.
O deputado revelou também que já combinou com a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, para acompanhá-la na chegada de outros aviões que possam trazer brasileiros deportados dos Estados Unidos, como já aconteceu no começo do ano. Além disso, pretende visitar, junto com ela, a Papuda e a Colmeia, presídios no Distrito Federal.
“Acreditamos que bandido precisa ser recuperado e ter condições para isso, e essa é uma responsabilidade do governo brasileiro e do povo brasileiro”, concluiu.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br