Preparar-se com antecedência para os eventos fiscais e manter as finanças organizadas ao longo do ano pode trazer um alívio para 2025
Com a chegada de novos trimestres e ciclos fiscais, empresas de todos os portes precisam estar atentas não apenas às datas do calendário tributário, mas também à saúde financeira como um todo. A preparação para esses momentos vai muito além do cumprimento de obrigações legais — envolve planejamento, organização e uma visão estratégica do fluxo de caixa.
De acordo com Robson Evangelista, Consultor em Gestão Financeira Empresarial com mais de 15 anos de experiência no setor, se antecipar aos eventos fiscais é uma das formas mais eficazes de garantir sustentabilidade financeira e tomar decisões assertivas ao longo do ano. “Quando o empresário entende a importância de prever obrigações e organizar as finanças com antecedência, ele reduz riscos, evita multas e melhora sua capacidade de investimento”, afirma o especialista.
Calendário fiscal: um aliado estratégico
Segundo Robson, a primeira etapa para se preparar é montar um calendário fiscal personalizado com base no regime tributário da empresa. “É fundamental mapear todas as obrigações, como entrega de declarações, vencimentos de tributos e datas de recolhimento, e integrá-las ao planejamento financeiro. Isso permite visualizar melhor o impacto dessas despesas no fluxo de caixa”, explica.
Além disso, a adoção de sistemas de gestão integrada e o acompanhamento frequente de relatórios contábeis ajudam na identificação de possíveis inconsistências e facilitam a tomada de decisões corretivas.
Planejamento financeiro: o ano inteiro conta
Nesse contexto, o controle financeiro não deve ser pontual, mas contínuo, afinal um erro comum é se preocupar com as finanças apenas em épocas de declaração ou fechamento de trimestre. O ideal é manter um acompanhamento mensal, com projeções realistas, revisão de custos e análise de indicadores de desempenho.
Entre as práticas recomendadas estão:
Revisão de contratos e renegociação de dívidas quando necessário;
Organização documental e atualização cadastral;
Separação clara entre finanças pessoais e empresariais;
Criação de reservas financeiras para períodos de maior carga tributária.
Cultura de organização e educação financeira
Mais do que processos, Robson destaca a importância de cultivar uma mentalidade voltada à organização e à responsabilidade fiscal. “Empresas que investem em educação financeira interna e valorizam o papel estratégico da gestão conseguem crescer com mais segurança e estabilidade”, afirma.
Buscar orientação especializada também faz a diferença. Contar com o suporte de um consultor financeiro ou contábil experiente pode evitar erros comuns e oferecer uma visão mais estratégica sobre tributação e finanças.
Fonte: Robson Evangelista é Consultor em Gestão Financeira Empresarial, CEO da RE Gestão Empresarial. Atua há mais de 15 anos nas áreas Administrativa, Financeira e de Controladoria em empresas de diversos segmentos. Formado em Ciências Contábeis, com MBA em Gestão Fiscal, Tributária e Finanças.
Foto: Arquivo Pessoal