18.5 C
Três Lagoas

O PORTAL DE NOTÍCIAS DO MATO GROSSO DO SUL

Novo estudo descobre como proteína afeta crescimento de células de câncer

Leia Mais

Um estudo publicado recentemente na revista Oncotarget descobriu como uma proteína chamada p53 pode impactar no crescimento de células cancerígenas e na resistência de tratamentos para o câncer. A descoberta abre novas possibilidades para o desenvolvimento de terapias eficazes contra uma série de tumores, incluindo o colorretal, que representa 10% de todos os tipos de câncer no mundo.

No trabalho, pesquisadores do Sidney Kimmel Comprehensive Cancer Center e da Johns Hopkins University School of Medicine estudaram a proteína p53, conhecida como proteína protetora do código genético humano.

Essa proteína desempenha um papel importante na prevenção do câncer, interrompendo o crescimento celular descontrolado. No entanto, muitos cânceres sofrem mutação ou suprimem a ação da p53, permitindo que tumores se desenvolvam ou resistam ao tratamento.

No estudo, pesquisadores restauraram a função da proteína p53 em células de câncer colorretal, o que levou a um crescimento celular mais lento, aumento do envelhecimento celular (senescência) e maior sensibilidade à radioterapia. Essas descobertas sugerem que o status da proteína p53 influencia a progressão do câncer e a resposta ao tratamento, tornando-a um alvo promissor para novas terapias.

Para Pedro Morgan, radiologista especialista em imagem oncológica na CDPI, a resistência ao tratamento é um dos maiores desafios na luta contra o câncer. A pesquisa sugere que, ao restaurar ou ativar a função da p53 em células tumorais, seria possível não apenas retardar o crescimento do tumor, mas também tornar as células mais vulneráveis aos métodos tradicionais, como a radioterapia.

“Esse estudo oferece uma nova perspectiva no tratamento do câncer, destacando o papel da p53 na regulação do carcinoma e como sua restauração pode melhorar os resultados das terapias, especialmente quando os tumores já adquiriram resistência. E ao associar essa evolução genômica aos exames de imagem, como a ressonância magnética e a tomografia computadorizada, para acompanhamento da resposta terapêutica do tumor colorretal, podemos observar inclusive a resposta das células em nível molecular, permitindo uma personalização terapêutica”, afirma Morgan.

O trabalho também examinou as células hTERT-RPE1, um tipo de célula humana não cancerosa utilizada em pesquisas. Quando o gene TP53 foi rompido nessas células, elas cresceram mais rapidamente e se tornaram mais resistentes à radiação, reforçando a ideia de que a proteína p53 ajuda a prevenir o crescimento cancerígeno.

O estudo identificou ainda dois novos genes regulados pela p53 que podem ser importantes para novos tratamentos. O primeiro, ALDH3A1, ajuda a desintoxicar substâncias nocivas e pode afetar a resistência das células cancerígenas ao estresse oxidativo. A segunda, NECTIN4, é uma proteína encontrada em muitos casos agressivos, incluindo os de bexiga e mama.

“Com resultados como esses, é possível indicar tratamentos e medicamentos mais adaptados às características genéticas e moleculares de cada tumor. Ao entender como diferentes tumores atuam na p53 e em outras células, conseguimos criar abordagens terapêuticas mais eficazes, minimizando os efeitos colaterais e melhorando a qualidade de vida dos pacientes”, afirma Gustavo Guida, geneticista do laboratório Sérgio Franco.

Gene envolvido no câncer de pulmão é descoberto por novo estudo

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

Mais Lidas

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

spot_img

Ultimas notícias