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Maduro chama deportações de venezuelanos para El Salvador de “sequestros“

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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, descreveu a detenção de cidadãos venezuelanos no Centro de Confinamento do Terrorismo (Cecot) em El Salvador como sequestro, após serem deportados dos Estados Unidos. Maduro também garantiu que buscará a repatriação imediata dos detidos para que possam retornar às suas famílias.

“Que crime um dos nossos jovens, um dos nossos migrantes, cometeu? Que crime ele cometeu em El Salvador para ser sequestrado em El Salvador?”, perguntou o líder venezuelano durante uma aparição na televisão.

No domingo (16), o governo do presidente dos EUA, Donald Trump, intensificou a deportação de centenas de imigrantes supostamente afiliados à gangue venezuelana Tren de Aragua, sob a Lei de Inimigos Estrangeiros. As expulsões foram realizadas sem o devido processo legal e apesar de um juiz federal ter bloqueado temporariamente a capacidade do governo Trump de aplicar a controversa lei.

O presidente defendeu o uso da lei argumentando que há uma “invasão” de migrantes, mas o governo dos EUA não forneceu evidências dos supostos vínculos dos detidos com gangues.

Em resposta às perguntas da CNN sobre as críticas do presidente Maduro, o governo de El Salvador disse que respeita os direitos humanos das pessoas sob custódia “sem distinção de nacionalidade” e afirmou que seu sistema prisional atende aos padrões de segurança e ordem.

As prisões têm sido parte da política do presidente salvadorenho, Nayib Bukele, para conter a violência de gangues. Enquanto o governo alega que elas melhoraram a segurança, os críticos argumentam que elas levaram a violações de direitos humanos e prisões injustas, e também denunciaram as condições das prisões como desumanas.

A vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, afirmou na segunda-feira (17) que todos os esforços do governo venezuelano estão direcionados para “resgatar aqueles que foram sequestrados”, e garantiu que os migrantes venezuelanos não são terroristas nem criminosos.

Em relação às prisões e deportações, a Plataforma Democrática Unitária (PUD), aliança política de oposição liderada por María Corina Machado e Edmundo González, pediu que seja feita uma distinção entre os venezuelanos que emigram devido à crise humanitária que aflige o país e “a minoria de migrantes venezuelanos que podem ter supostamente cometido crimes”.

O Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) convocou as famílias dos migrantes para uma manifestação nesta terça-feira (18) na Plaza Morelos, em Caracas, para exigir que os deportados sejam devolvidos ao país.

O governo venezuelano emitiu um alerta pedindo que aqueles que planejam viajar para os Estados Unidos considerem os riscos de “um aumento nas medidas arbitrárias de controle de imigração”, que descreveu como “assédio”.

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

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