Na noite deste domingo (16), líderes de várias instituições públicas se reuniram na Governadoria de Mato Grosso do Sul para discutir maneiras mais eficazes de enfrentar a violência contra a mulher. O encontro foi liderado pelo governador Eduardo Riedel (PSDB) e contou com a presença de secretários de Estado, representantes do Judiciário e do Ministério Público.
O motivo da reunião foi a preocupação crescente com os casos de violência contra mulheres no estado. Na última semana, a jornalista Vanessa Ricarte, de 42 anos, foi esfaqueada e se tornou a segunda vítima de feminicídio em 2025. Antes do crime, em áudios enviados após buscar ajuda na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), ela relatou a falta de acolhimento.
“Foi uma reunião muito importante diante do que aconteceu e do que vem acontecendo, não só aqui no Estado, mas no Brasil e no mundo. Precisamos rever as ações e criar novas estratégias para reduzir esse problema, que preocupa toda a sociedade”, afirmou Riedel.
Números preocupantes
Os dados mostram o quanto esse problema é grave. Só em Campo Grande, a Casa da Mulher Brasileira concedeu mais de 5 mil medidas protetivas em 2024 – isso dá quase duas por hora! Em todo o estado, o número supera 13 mil medidas protetivas, ou seja, uma a cada 40 minutos.
Mesmo com todas essas medidas, os casos de feminicídio e tentativa de feminicídio continuam acontecendo com frequência alarmante. O governador reconheceu que as ações tomadas até agora não têm sido suficientes para impedir a violência. “Infelizmente, os casos continuam acontecendo. Minha maior preocupação é garantir que todos se mobilizem para criar soluções realmente eficazes, que impeçam essas tragédias de acontecerem com tanta frequência”, reforçou Riedel.
Mudanças no modelo de enfrentamento
Diante desse cenário, o governo quer reformular o modelo atual de combate à violência contra a mulher, buscando ações mais efetivas. Uma das prioridades da reestruturação é a Casa da Mulher Brasileira, que já funciona em Campo Grande e está expandindo para Ponta Porã, Dourados e Corumbá.
A ideia é oferecer mais acolhimento, proteção e suporte para vítimas, garantindo que elas tenham um espaço seguro e que as ações contra os agressores sejam mais rápidas e eficientes.
A luta contra a violência de gênero precisa de atenção constante e mudanças reais. O governo está disposto a buscar novas soluções para que mais mulheres tenham proteção e segurança. 💜