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Estar em forma ou perder peso? Veja o que é melhor para longevidade

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A ciência já mostrou que tanto a obesidade quanto o sedentarismo são prejudiciais à saúde cardiovascular e ao envelhecimento saudável. No entanto, uma pesquisa recente comparou o que pode ser mais eficiente para a longevidade e para evitar doenças: a aptidão cardiorrespiratória, ou seja, o condicionamento físico, ou perder peso.

De acordo com o estudo, publicado em novembro do ano passado no British Journal of Sports Medicine, o condicionamento físico é mais importante para evitar tanto doenças cardiovasculares quanto a mortalidade por todas causas do que o Índice de Massa Corporal (IMC).

No trabalho, os pesquisadores descobriram que indivíduos em forma, com diferentes IMCs, apresentaram riscos semelhantes de morte por todas as causas ou doenças cardiovasculares. Por outro lado, aqueles que estavam fora de forma, ou seja, eram sedentários, apresentaram riscos duas a três vezes mais altos de mortalidade e doenças do coração, independentemente do IMC, em comparação com pessoas em forma e com IMC normal.

Além disso, o estudo também descobriu que pessoas obesas mas que mantinham um nível de atividade física e condicionamento físico apresentaram um risco significativamente menor de morte em comparação com indivíduos com IMC normal.

“A aptidão física, ao que parece, é muito mais importante do que a gordura corporal quando se trata de risco de mortalidade”, afirma Siddhartha Angadi, professora associada de fisiologia do exercício na Escola de Educação e Desenvolvimento Humano da Universidade da Virgínia e autora correspondente do estudo, em comunicado. “Nosso estudo descobriu que indivíduos obesos em forma tinham um risco de morte semelhante ao de indivíduos com peso normal em forma e quase metade do risco de indivíduos com peso normal fora de forma”.

“O exercício físico é mais do que apenas uma forma de queimar calorias. É um excelente ‘remédio’ para otimizar a saúde geral e pode reduzir significativamente o risco de doenças cardiovasculares e morte por todas as causas em pessoas de todos os tamanhos.”, completa.

Como o estudo foi feito?

Para o estudo, os pesquisadores revisaram 20 trabalhos com uma amostra total de 398.716 adultos de vários países. Cerca de um terço dos participantes eram mulheres, um aumento de quase três vezes em relação a estudos anteriores.

Na maioria dos estudos, os indivíduos foram classificados como aptos se sua pontuação no teste de esforço os colocasse acima do 20º percentil dentro de sua faixa etária.

“Acredito que este estudo ajudará a fortalecer o crescente corpo de literatura sobre o debate ‘fitness vs. gordura’”, afirma Nathan Weeldryer, doutorando em cinesiologia na UVA e coautor do estudo. “Como sociedade, tendemos a equiparar peso corporal ou gordura corporal ao estado de saúde. Nosso estudo, que apresenta a maior e mais representativa amostra global até o momento, juntamente com uma análise estatística mais rigorosa em comparação com pesquisas anteriores, visa mudar as perspectivas sobre a relação entre fitness e gordura corporal”, completa.

Atividade física reduz riscos associados à obesidade, mas perda de peso ainda é importante

De acordo com Marcio Mancini, diretor do Departamento de Tratamento Farmacológico da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso), a atividade física traz uma série de benefícios para a saúde, reduz a inflamação subclínica da obesidade e pode atenuar o risco que a doença traz para a saúde. No entanto, ele reitera que é fundamental tratar a doença.

“É importante diminuir o IMC, até porque é mais difícil conseguir uma boa aptidão cardiorrespiratória nos pacientes com o IMC muito alto”, alerta Mancini, que não esteve envolvido no estudo.

Inclusive, o tratamento para obesidade deve ser feito acompanhado de mudanças no estilo de vida, incluindo a prática de atividade física e uma alimentação saudável.

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Fonte: www.cnnbrasil.com.br

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