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Com valorização regional e reinauguração de prédio histórico, Semana do Artesão fomenta desenvolvimento

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Com a participação de 150 artesãos de Mato Grosso do Sul, a Feira do Artesanato “Mãos que Criam”, é realizada no Armazém Cultural, em Campo Grande, como parte da “Semana do Artesão”, que valoriza a produção artística regional.

O governador Eduardo Riedel e a primeira-dama Mônica Riedel visitaram o evento nesta sexta-feira (21) e também participaram da reinauguração da sede da superintendência do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), em Mato Grosso do Sul.

“Criar possibilidades e fomentar a economia em diferentes áreas é fundamental para o crescimento de todos. Uma feira como esta demonstra todo o potencial da produção de artesanato no Estado”, disse Riedel.

A “Semana do Artesão” é uma ação estratégica para a valorização da cultura local e o desenvolvimento econômico sustentável do artesanato em Mato Grosso do Sul, inspirando novas gerações de artesãos. A feira do artesanato incluiu 40 artesãos do interior, incluindo representantes de oito etnias indígenas.

Com eventos gratuitos e abertos ao público geral, o Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da FCMS (Fundação de Cultura) e Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura), realiza – de 19 a 25 de março – a 17ª Semana do Artesão, com parceria da Secretaria Executiva de Cultura da Prefeitura Municipal e do Sebrae/MS.

Com exposições de artesanato, palestras, atrações culturais, oficinas para crianças e adultos, as ações ocorrem no Bioparque Pantanal, Armazém Cultural, escolas públicas de Campo Grande, Morada dos Baís e Assembleia Legislativa.

O artesanato de Mato Grosso do Sul é produzido com matérias-primas locais, refletindo a criatividade e as tradições do povo. Tem como referências o Pantanal, as populações indígenas e as influências de outras culturas, dos vizinhos Paraguai e Bolívia, além da diversidade trazida por migrantes.

Além da valorização e intercâmbio cultural, a Semana do Artesão promove a geração de emprego e renda, a inclusão social e a melhoria da qualidade de vida dos artesãos. Durante os dias de evento são apresentadas soluções de inovação, capacitações e atividades de fomento ao empreendedorismo.

A indígena terena Elida Antônio, presidente da Associação de Mulheres do Mercado Municipal de Campo Grande, dividiu o espaço na feira do artesanato com outras mulheres de difentes etnias e aldeias do Estado. “Temos representantes guató, kinikinau, kadiwéu e terena. Eu sou da aldeia Cachoeirinha, em Miranda, e moro em Campo Grande há muitos anos. Está feira é de grande ajuda para mostrar a produção de artesanato das mulheres indígenas”.

Com doces caseiros diversos, Angela da Rosa, 74 anos, veio de Bonito para a feira na Capital. “É uma oportunidade de mostrar, em outras cidades, o que produzimos no interior. Eu mesma faço os doces, inclusive tenho as frutas todas na minha propriedade”.

Também participaram do evento o secretário Marcelo Miranda (Setesc), Eduardo Mendes (diretor-presidente da Fundação de Cultura), Alvira de Melo (presidente da Associação da Feira Central, Cultural e Turística de Campo Grande), e outras autoridades.

Iphan

Com investimento aproximado de R$ 1 milhão, o Governo Federal realizou as obras de requalificação e acréscimos construtivos no imóvel que integra o Complexo Ferroviário Histórico e Urbanístico da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, tombado pelo Iphan em 2009 e protegido nas esferas estadual e municipal desde a década de 1990.

Construída provavelmente entre as décadas de 1930 e 1940, a edificação foi originalmente utilizada como escritório para engenheiros ferroviários da Rede Ferroviária Federal S.A. e doada ao Iphan em 2009 pela SPU-MS (Secretaria do Patrimônio da União).

“A gente não tem como crescer, desenvolver e avançar, se não tivermos referências. E o Iphan tem este grande papel, fundamental, de cultivar as referências de todos nós”, disse Riedel, que também visitou a Feira Central.

O projeto de requalificação preservou suas características arquitetônicas, incluindo a cobertura em telhas francesas, pisos de madeira, janelas basculantes de ferro e portas de madeira.

Além da cerimônia de reinauguração, a programação conta com o lançamento da exposição fotográfica “Guardados Revelados: Quando uma fonte histórica nos abraça”, que apresenta registros da década de 1980, feitos pelo fotógrafo Chico Ribeiro, sobre a comunidade quilombola Tia Eva, de Campo Grande, atualmente em processo de tombamento constitucional.
“Esta obra e a instalação do Iphan em um prédio histórico, é um trabalho de anos que de concretiza”, afirmou o superintendente do Iphan em MS, João Henrique dos Santos.

Natalia Yahn, Comunicação Governo de MS
Fotos: Bruno Rezende


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Fonte: agenciadenoticias.ms.gov.br

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