Com uma eleição direta programada para 6 de julho, o Partido dos Trabalhadores (PT) vai pedir que a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, intervenha para garantir o empréstimo de urnas eletrônicas para os diretórios estaduais do partido.
O presidente interino da legenda, senador Humberto Costa (PT-PI), tem relatado a interlocutores dificuldades para que os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) liberem a cessão dos equipamentos.
Uma reunião entre Costa e Cármen está prevista para a tarde desta quarta-feira (19), no intervalo da sessão do Supremo Tribunal Federal (STF). A secretária nacional de finanças do PT, Gleide Andrade, e o advogado da sigla, Marcelo Schmidt, também devem participar.
Os representantes do partido vão fazer um apelo à ministra para que ela destrave esse impasse, destacando que a votação no Processo de Eleição Direta (PED) ocorre em todo o território nacional e precisa da capilaridade dos TREs.
É comum o uso de urnas eletrônicas em outras ocasiões que não as eleições gerais e municipais. No ano passado, por exemplo, o TRE do Rio de Janeiro emprestou os dispositivos para a eleição da presidência do Flamengo.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) também costuma contar com urnas eletrônicas do TRE do Distrito Federal para votação de listas tríplices. Em geral, os equipamentos são disponibilizados gratuitamente, com a entidade arcando apenas com os custos logísticos.
O PT quer garantir esses “empréstimos” porque, sem as urnas eletrônicas, o processo de eleição direta será muito mais caro para os cofres do partido, considerando que são 1,3 milhão de filiados aptos a votar.
Há também uma mensagem política. Com a solicitação, o partido busca passar o recado de que confia integralmente nas urnas – uma narrativa que contrapõe a do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), declarado inelegível por atacar, sem provas, o sistema eletrônico de votação.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br